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Inovações para engenharia (antiga Eng. Unificada II)

Disciplina de graduação dos cursos de engenharia na UFABC

  • Apresentação e uso de ferramentas de prototipagem tais como: impressão aditiva para design, ferramentas de corte, ferramentas de modelagem para materiais diversos e softwares de design.
  • Pesquisa Empática com o público – alvo.
  • Propostas de soluções inovadoras a problemas reais.
  • Metodologia “Design Thinking”.
  • Mentalidade “Agile” de gestão do tempo e de tarefas.
  • Pesquisa técnica crítica. Desenvolvimento “hands-on”.
  • Elaboração de “Pitch”s.
  • Prototipagem.
  • Modelo de Negócios.
  • Feira de Lançamento e Venda dos Produtos.
  • Apresentação e Documentação multimídia.

Professor: Marcos Duarte

Horário e local

  • Sextas-feiras 21-23h. Sala A1-306, campus São Bernardo do Campo.

Cronograma

Semana sextas Descrição
1 06/jun Introdução IPE, Habilidades para Inovação. Empatia. Preparar entrevistas.
2 13/jun Divisão Inicial Grupos. Design Criativo. Preparar Pesquisas e Novas Entrevistas.
3 20/jun Emenda de Feriado – Corpus Christie (sem aula)
4 27/jun Agile e Pensamento Crítico. Definição dos temas. SWOT. Definição Grupos. 
5 04/jul Modelo de Negócios e Propriedade Intelectual. Funções nos Grupos “Empresas”.
6 11/jul Acompanhamento 1, 15%: Pitch Final gravado. Precificação da PV
7 18/jul Acompanhamento 2, 30%: Logo da Proposta de Valor. Estratégia de Marketing Feira
8 25/jul Acompanhamento 3, 45%: Demonstração PV. Crachás e Estandes
9 01/ago Acompanhamento 4, 60%: Lista de Convidados Inicial. Banners/Leiautes
10 08/ago Acompanhamento 5, 75%: Lista de Convidados Revisada, Encargos na Feira
11 15/ago Acompanhamento 6, 100%: Entrega DOCs Finais, Lista de Convidados Final, Check Lista Feira
12 22/ago FEIRA DE INOVAÇÃO – EI 2025
repos 29/ago Recuperação

Avaliação de desempenho e critérios de aprovação

O conceito final será baseado no projeto

Glossário de termos no contexto de planejamento e gerenciamento de negócios e projetos

  • Inovação em negócios: Para se destacar em setores competitivos, inovar é sempre o melhor negócio. Afinal de contas, nenhum empreendedor quer que o seu negócio seja conhecido como “aquele que faz as mesmas coisas que todo mundo”. Nesse sentido, a inovação é fundamental para melhorar o posicionamento competitivo de qualquer negócio. Ela é especialmente importante quando gera uma mudança de mentalidade na empresa, que implementa processos mais eficientes, corta desperdícios, retém talentos e, claro, gera produtos e serviços satisfatórios para os clientes.
    [Sebrae].
  • Modelo de negócios: modelo de negócios é a forma como uma empresa cria, entrega e captura valor. Ele descreve a lógica de como a organização funciona para gerar receita e lucro, atendendo a uma necessidade ou resolvendo um problema para seus clientes [Sebrae].
  • Propriedade Intelectual: A Propriedade Intelectual é o instrumento legal adequado para fornecer às empresas inovadoras os meios de proteger seus investimentos em inovação, garantindo exclusividade e o direito de tomar ações legais contra qualquer pessoa que usufrua, copie ou comercialize sem permissão prévia. Propriedade industrial é um dos ramos da propriedade intelectual e serve para proteger alguns tipos de propriedade. Ela protege o inventor/empresário em diferentes frentes, seja na criação e exploração de um produto inovador ou do próprio registro de marca do empreendimento. Direito autoral relaciona-se às criações artísticas e literárias, tem a duração de 70 anos, e a data inicial de contagem varia de acordo com o tipo de obra [Sebrae].
  • Design thinking (pensamento projetual): O design thinking é uma metodologia que oferece uma abordagem baseada em soluções para a resolução de problemas. É extremamente útil quando usado para lidar com problemas complexos mal definidos ou desconhecidos, pois permite compreender as necessidades humanas envolvidas, reformular o problema de forma centrada no ser humano, gerar inúmeras ideias em sessões de brainstorming e adotar uma abordagem prática para prototipagem e testes. Ao saber como aplicar os cinco estágios do design thinking, você se sentirá fortalecido, pois poderá aplicar a metodologia para resolver problemas complexos que ocorrem em nossas empresas, em nossos países e em todo o mundo [Interaction Design Foundation]. Design thinking não é um método específico, mas uma abordagem. É um processo de pensamento crítico e criativo, possibilitando a organização de ideias para estimular a tomada de decisão e busca por conhecimento [Sebrae].
  • Pesquisa empática com o público é uma abordagem de pesquisa que busca compreender profundamente as necessidades, desejos, motivações, comportamentos e, principalmente, as emoções dos usuários ou clientes. Ao invés de focar apenas em dados quantitativos (“o quê” e “quantos”), ela se aprofunda nos aspectos qualitativos, no “porquê” das coisas [Interaction Design Foundation].
  • Pitch: Um pitch de modelo de negócios é uma apresentação concisa e persuasiva que resume os pontos mais importantes do seu modelo de negócios para um público específico, como investidores, clientes potenciais, parceiros ou até mesmo sua equipe. O objetivo principal é despertar o interesse e a curiosidade, levando a um próximo passo, seja uma reunião mais aprofundada, um investimento ou uma parceria [Sebrae].
  • Proposta de valor (PV, PDV): A proposta de valor é a declaração de benefícios que serão entregues aos clientes, colaboradores e fornecedores. É uma mensagem clara e direta, que explica o motivo pelo qual o consumidor deve escolher a sua empresa [Sebrae].
  • Precificação da proposta de valor: Precificar é colocar preços e valores. Esse processo envolve a análise de diversos fatores, como os custos de produção, as expectativas de lucro, a percepção de valor do cliente, a concorrência no mercado e as condições econômicas gerais [Sebrae], [2].
  • SWOT: A Análise SWOT (ou Análise FOFA, em português: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é uma ferramenta de planejamento estratégico poderosa e amplamente utilizada para avaliar a situação atual de uma organização, projeto ou até mesmo de um indivíduo. Ela serve para identificar os pontos internos (controláveis) e externos (incontroláveis) que podem impactar o sucesso e o desempenho [SEBRAE].
  • AGILE: Método Ágil (ou Metodologia Ágil, ou ainda Agile) é uma abordagem para o gerenciamento de projetos e desenvolvimento de produtos (especialmente software, mas hoje aplicada em diversas áreas) que prioriza a flexibilidade, a colaboração, as entregas rápidas e a adaptação a mudanças. Diferente das abordagens tradicionais e mais rígidas (“em cascata” ou “waterfall”), o método ágil foca em ciclos curtos de trabalho e feedback contínuo [SEBRAE].
  • Pensamento crítico: Pensamento crítico nos negócios é o processo de analisar e avaliar informações objetivamente para tomar decisões fundamentadas. Em vez de aceitar as informações como verdadeiras, envolve questionar suposições, avaliar evidências, explorar soluções alternativas e considerar os possíveis resultados. O pensamento crítico é essencial para qualquer pessoa envolvida em estratégia de negócios, pois garante que as decisões sejam baseadas em lógica e evidências, e não em preconceitos ou emoções [StartNav]. Pensamento crítico é a capacidade de analisar informações, ideias e situações de forma objetiva, lógica e sistemática, a fim de tomar decisões mais eficazes e resolver problemas complexos. Vai além de apenas aceitar o que é apresentado, incentivando o questionamento, a avaliação de evidências e a consideração de múltiplas perspectivas antes de chegar a uma conclusão ou definir uma ação [FIA].
  • Metodologia “hands-on”: A metodologia “hands-on” (que significa “mãos na massa” em inglês) em desenvolvimento de negócios é uma abordagem que prioriza a prática e a experimentação ativa em vez de apenas a teoria. Em vez de simplesmente aprender conceitos, os profissionais ou equipes são incentivados a aplicar o conhecimento diretamente em situações reais ou simuladas, construindo, testando e resolvendo problemas [Emeritus].
  • Estrutura organizacional de uma empresa: Forma como uma empresa estrutura seus cargos e departamentos. Ela define como as atividades são dirigidas para atingir os objetivos da organização. As funções e os cargos que mencionamos anteriormente podem se encaixar em diferentes tipos de estruturas, sendo as mais comuns: Estrutura Funcional, Estrutura Hierárquica (ou Linear/Vertical), Estrutura Matricial, Estrutura Divisional, Estrutura em Rede. Estrutura Funcional é a forma mais tradicional e amplamente utilizada. A empresa é dividida em departamentos com base em suas funções ou áreas de especialização, como Marketing, Vendas, Finanças, RH, TI, Operações, etc. Cada departamento é liderado por um gerente ou diretor daquela área. [sólides].
  • Objetivos, Metas, Marcos e Entregáveis. Embora frequentemente usados de forma intercambiável, especialmente “metas” e “objetivos”, esses termos possuem significados distintos no gerenciamento de projetos e no planejamento estratégico [https://www.pmi.org/]:
    • Metas (Goals): São aspirações amplas e de longo prazo que fornecem uma direção geral. Elas representam o que você deseja alcançar em última instância. As metas são frequentemente menos específicas e nem sempre imediatamente mensuráveis. Exemplo: Aumentar a satisfação do cliente.
    • Objetivos (Objectives): São alvos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido (e em ingês é costume usar o acrônimo SMART para estas características: Specific, Measurable, Achievable, Relevant, and Time-bound) que contribuem para atingir uma meta. Os objetivos dividem as metas em passos acionáveis e definem o que precisa ser realizado para alcançar a aspiração maior. Exemplo: Aumentar a pontuação de satisfação do cliente de 75% para 90% até o final do quarto trimestre (isso apoia diretamente a meta de aumentar a satisfação do cliente).
    • Marcos (Milestones): São pontos ou eventos significativos dentro do cronograma de um projeto que marcam o progresso. Eles são como “pontos de verificação” que indicam a conclusão de uma fase importante, uma tarefa crítica ou um conjunto de entregáveis relacionados. Os marcos têm duração zero e nenhum esforço associado a eles; eles simplesmente significam um momento no tempo. Exemplo: Conclusão da aprovação do design da interface do usuário (isso não envolve trabalho ativo, mas é um ponto crítico que permite que a fase de desenvolvimento comece).
    • Entregáveis (Deliverables): São os produtos ou resultados tangíveis produzidos durante um projeto. São os produtos, serviços ou documentos concretos que são criados para cumprir os objetivos do projeto. Os entregáveis são o “o quê” que é produzido. Exemplo: Um protótipo de interface do usuário totalmente funcional ou Um documento final de design da interface do usuário (esses são itens reais que são criados como parte do projeto).
    • Em resumo: Metas (Goals) são o que você deseja alcançar (visão geral). Objetivos (Objectives) são o como você medirá o progresso em relação às suas metas (passos específicos e mensuráveis). Marcos (Milestones) são o quando você atingiu pontos significativos em sua jornada. Entregáveis (Deliverables) são as coisas que você produz ao longo do caminho. Uma analogia como exemplo: Meta: Ter uma casa bonita e confortável (aspiração ampla). Objetivo: Concluir a construção de uma casa de 3 quartos e 2 banheiros com jardim até 31 de dezembro de 2026, dentro de um orçamento de R$ 300.000 (alvos específicos e mensuráveis). Marco: Fundação concretada e inspecionada (um ponto de verificação significativo no processo de construção). Entregável: Plantas arquitetônicas aprovadas, um telhado concluído, sistema hidráulico instalado (resultados tangíveis do processo de construção).
  • Estratégia de marketing: Plano abrangente que uma empresa utiliza para promover seus produtos ou serviços, atrair clientes e atingir seus objetivos de negócios. Ela serve como um guia para direcionar todas as ações de marketing de uma empresa, desde a pesquisa de mercado até a análise dos resultados [GRAN]. 
  • Logotipo: Um logotipo de proposta de valor é a representação visual da promessa de valor de uma empresa aos seus clientes. Ele deve transmitir de forma clara e concisa o que torna a empresa única e por que os clientes devem escolher seus produtos ou serviços em vez da concorrência. Um bom logotipo de proposta de valor não apenas chama a atenção, mas também comunica a essência da marca e seus benefícios distintos. [PublicidadePopular, FM2S]
    • Características de um bom logotipo de proposta de valor:
      • Clareza: O logotipo deve ser facilmente compreendido e transmitir a mensagem central da proposta de valor.
      • Simplicidade: Um design simples e memorável é mais eficaz do que um logotipo complexo e confuso.
      • Originalidade: O logotipo deve se destacar da concorrência e refletir a identidade única da marca.
      • Relevância: O design deve ser relevante para o público-alvo e para o mercado em que a empresa atua.
      • Memorabilidade: O logotipo deve ser fácil de lembrar e reconhecer, ajudando a construir o reconhecimento da marca.
      • Versatilidade: O logotipo deve funcionar bem em diferentes tamanhos e formatos, em diversos materiais de comunicação.
    • Elementos que podem compor um logotipo de proposta de valor:
      • Ícones: Símbolos visuais que representam o produto, serviço ou benefício da marca.
      • Tipografia: A escolha da fonte pode transmitir personalidade e estilo, alinhando-se à proposta de valor.
      • Cores: As cores podem evocar emoções e associações específicas, reforçando a mensagem da marca.
      • Formas: As formas geométricas podem transmitir diferentes mensagens e sentimentos.

Links

Gerenciamento do projeto

Referências

  • BROWN, T., Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim Das Velhas Ideias, Alta Books, São Paulo, 2017. ISBN 9788550801346.
  • GRANDO, N. (org) et al., EMPREENDERISMO INOVADOR – Como criar Startups de tecnologia no Brasil, Ed. Edora, São Paulo, 2012. ISBN 9788563993434.
  • TURNER, J., AGILE PROJECT MANAGEMENT – The Ultimate Beginner’s Guide to Learn Agile Project Management Step by Step, Amazon, USA, 2018. ASIN B07NZ8V3MP.
  • MOON, Jennifer. Critical thinking: An exploration of theory and practice. Routledge, 2007.
  • COMBS, Liesl Baum; CENNAMO, Katherine S.; NEWBILL, Phyllis Leary. Developing critical and creative thinkers: Toward a conceptual model of creative and critical thinking processes. Educational Technology, p. 3-14, 2009.
  • COLOMBINI, Sabina Clara Cristina, Empathy as an educational tool. International Journal of Computer Science and Engineering, v. 6, n. 1, p. 137-153, 2015.
  • KÖPPEN, Eva; MEINEL, Christoph. Empathy via design thinking: creation of sense and knowledge. In: Design thinking research: Building innovators. Cham: Springer International Publishing, 2014. p. 15-28.
  • LIEDTKA, J., OGILVIE, T. And BROZENSKE, R., The Designing for Growth Field Book: a step-by-step project guide, Columbia University Press, New York, 2014. ISBN 978-0-231-53708-7.
  • PLATTNER, H., Design Thinking Bootleg, 2018, in: https://dschool.stanford.edu/resources/design-thinking-bootleg, acessado em 07/05/2019, 17:16h.
  • PLATTNER, H., MEINEL, C. and LEIFER, L. (Eds), Design Thinking: Understand – Improve – Apply, Springer, Berlin, 2011. ISBN 9783642137563.

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